Chegou a final e chegou sem surpresas, pois vamos ter dois verdadeiros ícones do lançamento longo. Steph ou Ray? Vocês decidem na votação no final do artigo, mas o título já está bem entregue.
Depois de duas rondas, finalmente o duelo decisivo. O percurso de Curry foi esmagador, eliminando Kyle Korver e Reggie Miller e não deixando grande margem para dúvidas nos seus duelos. Já Ray Allen, desfez-se facilmente de Steve Kerr e, nas meias finais, teve um confronto bem equilibrado com Klay Thompson, mas evitou a final entre colegas de equipa com alguma segurança. Quanto ao confronto final, é o cruzamento entre duas gerações, apesar de o percurso de Curry e de Allen terem várias épocas em comum. No entanto, mais de metade da carreira de Allen é feita numa época em que o lançamento longo não dominava como agora, o que não retira em nada mérito ao percurso de ambos, que se destaca de qualquer forma.
Possivelmente, Curry é o mais consensual grande lançador de três da actualidade e um jogador que ajudou a redefinir o modelo de jogo actual. Terceiro na lista de mais triplos convertidos de sempre, líder em mais triplos (total) convertidos nos playoff e, em 10 temporadas completas, nunca ficou abaixo de 40% de lançamentos de três (43.5% de carreira), incluindo épocas com mais de 10 triplos lançados por jogo.

Ray-Ray é um ícone como atirador. Nº1 na lista de mais triplos marcados de sempre (2º no total para playoffs), para além de um grande marcador, mesmo durante uma época em que os triplos não tinham o protagonismo de hoje. Com uma carreira longa em que se soube ir reinventando, desde a peça fulcral de equipas em Milwaukee e Seattle, até ao atirador especialista que foi nos Celtics e nos Heat, Allen sempre foi tido como um lançador letal (40% de carreira para lances de três, incluindo playoffs), obsessivo no seu treino e eficaz em lances que para outros seriam impossíveis.
