55 jogos. 17 partidas decididas por uma diferença igual ou inferior a 5 pontos. 4 prolongamentos. Foi este o panorama de uma muito competitiva semana, mas que teve os seus pontos baixos.
Derrotado: NBA

Desta vez, a lista começa pela ordem inversa. Isto, porque a Covid-19 tem vindo a infiltrar-se nos plantéis e staff da liga, forçando as equipas a jogar debilitadas e até mesmo levando ao segundo adiamento da presente temporada.
Há quem defenda um regresso ao regime de ‘bolha’, reconhecido sucesso que permitiu o término da época 2019/2020. No entanto, parece improvável que os representantes das equipas (desde donos ao funcionários) se interessem por voltar a ausentar-se das suas famílias durante meses consecutivos. Aliás, a própria liga assume que não tem quaisquer intenções de alterar a atual forma de competição, a que se assemelha mais ao seu registo usual. Porém, e apesar de ser apenas o segundo jogo em três semanas a não ser realizado, há cada vez mais a certeza de que esta será uma época bastante complicada. Não só para a NBA, como para as equipas que cada vez mais têm de ir a jogo sem as principais figuras.
Vencedor: New York Knicks

Pode parecer insólita esta presença da equipa de Manhattan numa semana em que venceu tanto como perdeu (2-2), mas a sua justificação vai para além da sua ausência nas duas primeiras listas.
Ao contrário de equipas como os Cavaliers ou Magic que causaram impacto pelo brilhante início de época, os Knicks foram progredindo e alcançaram um nível de estabilidade que os coloca ao 10º jogo no top6 da conferência. E há 8 temporadas que não passavam da 8ª partida sem um recorde negativo!
Haverá várias justificações para este sucesso precoce da equipa que ano após ano é dos principais alvos de chacota. Desde a contratação de jogadores experientes como Austin Rivers, o novo staff liderado por Tom Thibodeau e a evolução dos principais jovens da equipa, o principal destaque vai para o homem da imagem. Julius Randle, que até foi um dos mais criticados pelos fãs na temporada passada, tem-se apresentado a um nível inédito, afirmando-se como um candidato a All-Star. Além disso, médias a rondar os 23 pontos, 12 ressaltos e 7 assistências numa equipa de playoff deverão ser suficientes para ingressar uma das equipas All-NBA. Resta perceber se jogador e equipa conseguirão manter o ritmo.
Derrotado: Markelle Fultz

Inegavelmente, as notícias sobre lesões são sempre as que menos gostamos de escrever. No entanto, não podemos fugir às mesmas e já durante esta semana te demos a saber que o base dos Magic falhará o resto da temporada.
Depois de um início de carreira controverso, entre contrariedades físicas e mentais, elevadas expectativas e uma rara forma de lançar ao cesto, a escolha nº 1 do draft de 2017 parecia ter reencontrado a sua paixão pelo basquetebol em Orlando. Todavia, o azar voltou a bater à sua porta. Pela frente, terá uma desafiante recuperação e que resultará na oportunidade de Cole Anthony mostrar o seu talento e potencial.
Vencedor: San Antonio Spurs

Assim como os Knicks, a equipa texana acabou a semana com uma derrota. No entanto, venceu todos os adversários que defrontou, já que a mesma terminou com uma mini-série frente os Timberwolves (1-1). Contudo, o principal destaque vai para a notável prestação em Los Angeles.
Com duas partidas seguidas no Staples Center, frente a um dos principais candidatos e ao campeão em título, a equipa liderada por Gregg Popovich voltou a casa invicta. Apesar de ter perdido o único jogo disputado em San Antonio, a excelente prestação nesta terceira semana retirou a equipa dos lugares mais profundos da conferência. Uma equipa que não foge aos princípios de altruísmo a que nos habitou, com 7 jogadores a contar com médias superiores aos 10 pontos. Assim como a sua resiliência, já que o objetivo primordial parece manter-se o acesso aos playoffs.
Derrotado: Washington Wizards

Os Wizards certamente não trocariam por Russell Westbrook se não acreditassem na sua capacidade de os ajudar a alcançar os playoffs. No entanto, os resultados não estão a surgir nem ao jogador nem à equipa da capital.
Apenas à frente de Raptors e Pistons na classificação, perderam as 3 partidas disputadas na terceira semana de competição. Apesar de os Wizards serem das equipas que faz pontos com maior facilidade, o problema parece surgir do outro lado do campo. Aliás, Bradley Beal até afirmou que a equipa não seria capaz de parar um carro estacionado, evidenciando a principal lacuna: a defesa.
O insucesso dos Wizards poderá ficar ainda mais exposto, já que duas das principais figuras constam agora do boletim clínico. No entanto, os cenários são bem diferentes. Westbrook deverá ficar afastado apenas por uma semana devido a uma complicação na coxa, enquanto que Thomas Bryant viu a sua temporada terminar precocemente com uma rutura parcial de ligamentos.
O objetivo playoffs avizinha-se bem mais complicado do que inicialmente esperado, e a sensação de remorso pela troca de Wall paira pelos ares de Washington.
Vencedor: Jerami Grant

Ainda vamos na terceira semana, mas o novo extremo dos Pistons parece já ter uma mão e meia no prémio de Most Improved Player. Em relação ao ano passado, duplicou a sua média de pontos e de ressaltos, tem melhores números defensivos e, apesar de um maior volume de lançamentos, continua com semelhante eficácia.
Certamente, parte desta evolução deve-se ao aumento do tempo de jogo, assim como o maior protagonismo. Não obstante, o mérito é do jogador por fazer render as oportunidades que lhe são concedidas, demonstrando que é mais do que um role player. O galardão de All-Star pode ser mais complicado de conquistar tendo em conta o insucesso da equipa, mas não devem faltar razões para Grant sorrir, que procurava a oportunidade de se afirmar como um dos melhores jogadores na sua posição.
Limbo: a surpresa da semana e o aguardado duelo dos irmãos Ball
Mais: Tyrese Maxey
Foram 7 os jogadores utilizados por Doc Rivers frente à equipa de Denver no passado sábado. Todavia, não foram as principais figuras que entraram em ação, já que os habituais titulares falharam o jogo, ora por lesão, ora pelo protocolo de saúde da liga.
Assim sendo, jogadores como Tyrese Maxey, Isaiah Joe e Dakota Mathias foram promovidos a um cinco inicial em que Dwight Howard e Danny Green eram os nomes mais sonantes. No entanto, o maior destaque acabou por ser Maxey, que apesar da derrota aproveitou a partida para assinalar uma série de recordes pessoais. Num total de 44 minutos, assinalou 39 pontos, 7 ressaltos e 6 assistências, com notável eficácia e sem nenhuma ida à linha de lance livre.
Menos: Lonzo Ball
Após o lançamento da primeira parte dos calendários, o primeiro jogo entre Pelicans e Hornets foi imediatamente assinalado pela maioria dos fãs. Isto, porque o mesmo protagonizaria o primeiro frente-a-frente entre LaMelo e Lonzo.
E a primeira ronda que opôs os irmãos Ball acabou por não desiludir. Numa partida equilibrada, foram os Hornets que saíram de New Orleans com a vitória. Contudo, LaMelo não só venceu o jogo, como o duelo. A uma assistência do seu primeiro triplo-duplo, que acabou por surgir no encontro seguinte, não precisou de uma partida brilhante, já que o seu irmão destacou-se pela negativa.
Com apenas 2 lançamentos concretizados em 8 tentativas (1-7 de 3 pontos), Lonzo terminou o jogo com apenas 5 pontos. No entanto, o mais velho já nos habituou a exibições menos vistosas ao nível da marcação de pontos. A principal surpresa foram as invulgares 3 assistências e 2 ressaltos em 37 minutos de jogo.
O próximo duelo está apenas marcado para a segunda metade da época, mas por enquanto: LaMelo 1, Lonzo 0.