Hoje em dia existem vários casos de histórias de superação em vários quadrantes desportivos, e a NBA tem muitas dessas histórias, sendo uma delas a de Derrick Rose, um jovem natural de Chicago, que era visto pelos adeptos dos Chicago Bulls como um ídolo (ainda hoje o consideram um ídolo apesar de ser jogador dos maiores rivais dos Bulls, os Detroit Pistons).
Ídolo esse que caiu, e passou anos em desgraça, muito por culpa das diversas lesões que sofreu. Esse sofrimento fez com que até o adepto mais otimista do Derrick Rose, tivesse mesmo que afirmar que era o “fim” dele.
Ora, antes de sofrer com esse calvário de lesões, Rose tinha acabado de se tornar no MVP mais jovem da história da NBA com médias de 25 pontos, 7.7 assistências e 4.1 ressaltos com 21 anos de idade, terminando assim o reinado de 2 anos de LeBron James como o MVP.
Os fãs dos Chicago Bulls depositavam assim as esperanças num jovem cujo jogo era explosivo, aliado à rapidez que eram a sua imagem de marca, antes do fatídico lance que sofreu a sua primeira lesão grave (ligamento cruzado no joelho esquerdo), o que o impediu de dar o seu contributo pelos Bulls na temporada de 2012/2013.
D-Rose regressou na temporada seguinte com números razoáveis, com 15.9 pontos, 4.7 assistências e 3.2 em roubos de bola, só que o pior ainda estava para vir, e rompeu o menisco do joelho esquerdo, sendo necessária nova cirurgia.
De seguida, jogou nos Knicks e Cavaliers (onde jogou com LeBron) e, pelo meio, sofreu ainda mais arreliadoras lesões que provavelmente deixaram em D-Rose um homem azarado e sem saber o que fazer com a carreira.
Sabe-se que ao ponderar sobre a sua carreira, decidiu dar um novo rumo, e esta decisão que tomou ao aceitar o convite dos Minnesota Timberwolves revelou-se mais do que bem sucedida.
Na primeira temporada, com apenas 9 jogos e meia temporada realizada, em que registou uma média abaixo dos 10 pontos, o melhor ainda estava para vir.
No dia 1 de novembro de 2018, os Timberwolves receberam os Utah Jazz, e Rose começava o jogo no 5 inicial, e espantou tudo e todos ao marcar 50 pontos na vitória sofrida (128-125) e de seguida, acabou o jogo em lágrimas.

Muito sofrimento depois, alcançou 50 pontos, e acabou por sofrer nova lesão, indo para nova equipa, desta vez os Detroit Pistons.
Se tinha tudo para acabar ali a carreira? Para o Rose, isso é outra coisa, pois continuou a fazer o mesmo na sua anterior equipa, e ao mesmo tempo fez juras de amor aos Chicago Bulls, agora os seus maiores rivais.
E os fãs dos Bulls, apesar da rivalidade, responderam na mesma moeda (com respeito e gritos de “MVP, MVP”), algo impensável para uma rivalidade tão grande como a dos Bulls e Pistons.
Esta temporada, esteve presente em 50 jogos, começou 15 no cinco inicial e registou médias de 26 minutos por jogo. Alcançou 18.1 pontos e 5.6 assistências por jogo, o melhor registo desde 2011/2012.
Acredito que tem a ver com a sua capacidade de superação, e recordo-me de uma entrevista de um gamer brasileiro de League of Legends (sofreu uma tendinite que o afastou do jogo por 6 meses) a revelar que foi a capacidade de superação de D-Rose que serviu para lutar para o seu regresso (bem-sucedido) ao jogo.
Naturalmente, D-Rose é mais uma de muitas inspirações para vários jogadores que passaram por situação semelhante, mas sonhar não custa nada, apesar das opiniões contrárias.
D-Rose sonhou, e demonstrou que é um lutador, por isso inspira muita gente, inspira-nos desde os tempos em que se tornou no MVP mais jovem da NBA.
Não custa só sonhar e acreditar, pois lutar como D-Rose fez, faz parte da vida.
Artigo de opinião escrito por Eduardo Lima
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