Sejam bem-vindos à primeira parte de umas previsões demasiado prematuras, mas que não poderiam faltar antes do início de uma das épocas mais singulares da história da competição. A imprevisibilidade é tanta que se no fim da época a classificação final for semelhante à inversão desta lista, nem eu próprio ficaria surpreendido. O que não faltam são fatores significativos: ausência de fãs, número de jogos reduzidos, plantéis que irão ficar desfalcados pelo persistente vírus. Ainda assim, fiquem com um sumário do mais curto/longo período de férias – sim, porque há quem não jogue há quase um ano e quem tenha de voltar a calçar as botas apenas 2 meses depois -, e com o que podem/devem esperar de cada equipa na temporada que se avizinha.
30. Oklahoma City Thunder

Último lugar? Sim, por favor!
Principais Entradas: Al Horford, George Hill, Trevor Ariza, Aleksej Pokusevski, Picks
Principais Saídas: Chris Paul, Dennis Schröder, Steven Adams, Danilo Gallinari
Não se sintam mal se só reconhecerem Shai Gilgeous-Alexander na imagem acima. A equipa de Oklahoma foi protagonista de uma das mais inéditas e loucas offseasons da história, revolucionando todo o seu plantel e estratégia para as próximas épocas. Os Thunder já haviam abordado a época 2019/2020 com um plantel remodelado e de inferior qualidade aos anteriores, tendo sido colocados pelos principais analistas no leque das piores equipas à entrada da mesma. No entanto, as expectativas foram superadas, com os sulistas a conquistar um expressivo 5º lugar e a levarem a primeira ronda dos playoffs a um intenso jogo 7.
Todavia, e apesar do surpreendente sucesso da época transata, o clube delineou um objetivo claro para o futuro próximo: uma reconstrução total. Assim sendo, o jovem base canadiano foi o único das principais âncoras do ano passado que persistiu. Talentos como Chris Paul, Dennis Schröder e Danilo Gallinari arranjaram novas casas. e até Steven Adams, que havia passado toda a sua carreira no estado de Oklahoma, viu-se forçado a abandonar a equipa.
Em sentido inverso, Sam Presti (General Manager da franquia) fortaleceu o seu arsenal de escolhas em drafts, sendo agora mais de 15 as de primeira ronda nos próximos 6 anos. Jogadores como Ricky Rubio, Kelly Oubre Jr. e Danny Green viram os seus nomes serem ingressados no plantel por breves horas tendo sido trocados por bens que expandissem esse mesmo arsenal. Quem parece ter vindo para ficar é Al Horford, o poste de 34 anos que, à semelhança de Chris Paul, é proprietário de um contrato desmesurado. É de interesse mútuo, jogador e equipa, que este revitalize a sua carreira levando ao interesse de destinos mais competitivos que apostem no veterano dominicano.
Por enquanto, o plano é apostar na juventude do plantel e afirmar Shai Gilgeous-Alexander como um dos pilares do presente e do futuro. Veremos se o tempo de jogo e o estrelato presenteado à nova cara da franquia serão suficientes para compensar a escassez de vitórias que se antecipa.
29. Cleveland Cavaliers

Grão a Grão…
Principais Entradas: Isaac Okoro, Javale McGee
Principais Saídas: Tristan Thompson
Numa liga cada vez mais equilibrada e em que um número cada vez maior de equipas ambiciona conquistar o tão desejado troféu a curto prazo, estão também os Cleveland Cavaliers. Desta vez, a saída de LeBron James não deixou tantos estragos e, ainda que a equipa não tenha conseguido ser relevante desde então, o processo de reconstrução parece lentamente bem encaminhado. E há quem defenda que a persistência é o caminho do êxito.
Num pacato e calculoso defeso, a equipa representante do estado de Ohio selecionou Isaac Okoro no draft – um dos melhores defensores na classe de 2020. Renovou com Matthew Dellavedova e contratou Damyean Dotson, o intrigante base que atuava nos New York Knicks. Realizou, também, uma lógica troca por Javale McGee para colmatar a saída de Tristan Thompson, não voltando a abrir os cordões à bolsa e deixando um dos ativos mais fulcrais e leais à equipa embarcar num projeto mais aliciante.
O principal foco da equipa de Cleveland para esta época será a evolução de Darius Garland e Collin Sexton, tanto como dupla como num aspeto individual. Será também fundamental analisar a adaptação de Okoro ao plantel e a sua coexistência com o par de bases. Por outro lado, Kevin Love e Andre Drummond deverão ser explorados no mercado pela administração dos Cavaliers, dado que ambos não encaixam no projeto da equipa nem na sua linha temporal. Uma tarefa que não se deverá manifestar de pouca complexidade, dado que um assinou recentemente um extenso e considerável contrato e o outro cumpre o último do seu. Em todo o caso, serão nomes associados a rumores até ao fim da época de trocas.
Esta temporada marca também o regresso oficial de J. B. Bickerstaff como treinador principal, que tem nas suas mãos um projeto exigente mas com alguma margem de erro. Ainda que não se antecipe uma temporada vitoriosa, poderá estar aqui uma das equipas mais divertidas para assistir.
28. New York Knicks

À espera de 2021
Principais Entradas: Obi Toppin, Alec Burks, Austin Rivers, Nerlens Noel
Principais Saídas: Bobby Portis, Taj Gibson, Damyean Dotson, Mo Harkless
Não é surpresa nenhuma que os de Nova Iorque façam uma aparição tão precoce nesta lista. Não obstante, estamos perante uma das equipas que melhor se movimentou neste defeso. E isso sim, é uma excelente novidade proveniente dos representantes da Big Apple.
Na realidade, os Knicks destacaram-se pela forma cautelosa e moderada como abordaram o mercado nesta pausa. Na noite de draft, optaram por alternativas mais seguras e acabaram por selecionar Obi Toppin, o extremo de 22 anos e nativo da cidade, que, para espanto dos principais analistas, mantinha-se disponível aquando da escolha nº8, pertencente à equipa de Nova Iorque.
Quanto ao resto do plantel, foram feitas mais algumas alterações. Depois de jogadores como Bobby Portis e Taj Gibson terem sido dispensados, a equipa alargara ainda mais o seu teto salarial, partindo assim para o período de free agency como uma das equipas com mais capacidade para o atacar. No entanto, e ainda que nomes como Fred VanVleet e Gordon Hayward constassem na lista de ativos disponíveis, os Knicks priorizaram a conservação dessa flexibilidade salarial.
Em contrapartida, assinaram contratos com Alec Burks, Austin Rivers e Nerlens Noel, que não só são opções mais econômicas, como serão apenas garantidos para a época 2020/2021. Estas adições ao plantel trazem uma série de vantagens, tanto a nível competitivo como a nível estrutural e financeiro. Ainda que a equipa não melhore drasticamente, estamos perante três talentos que quererão provar o seu valor perante o resto da liga, tendo em mente a assinatura de um novo contrato mais volumoso ou por uma equipa com mais condições para conquistar o troféu. A troca de um destes atletas para um desses contextos poderá ser uma possibilidade explorada pelos Knicks, procurando receber ativos mais jovens ou novas escolhas no draft.
Em todo o caso, o foco da administração é apresentar-se em 2021 como o destino mais aliciante para uma das classes de agentes livres mais aprovisionada dos últimos tempos, num ano em que também o grupo de jovens concorrentes ao draft se começa a apresentar como um dos mais talentosos de que há registo. Para esta temporada, foco total em RJ Barrett e Mitchel Robinson que poderão fazer a última época como as principais figuras da franquia de Manhattan
27. Detroit Pistons

A Terra dos Gigantes
Principais Entradas: Killian Hayes, Jerami Grant, Mason Plumlee, Delon Wright
Principais Saídas: Christian Wood, Luke Kennard, Bruce Brown
Uma palavra para descrever a offseason da equipa do Michigan? Confusão. Não só foram uma das franquias mais ativas, como a que fez as movimentações mais ambíguas. Depois de um início promissor na noite de draft com a seleção de Killian Hayes, considerado por alguns dos analistas o maior talento desta classe de jogadores, e de Saddiq Bey – tendo feito ainda duas outras escolhas menos consensuais – o rumo para os Pistons parecia ser semelhante aos dos anteriores, apostando na sua juventude e na sua progressão a longo prazo. As trocas que levaram Bruce Brown e Luke Kennard para outros destinos complementavam essa perspetiva, pelo menos até à abertura oficial do mercado de agentes livres.
Ainda que a saída de Christian Wood fosse vista como uma real possibilidade, Troy Weaver, um veterano executivo na NBA mas pela primeira vez a assumir as funções de General Manager, não só permitiu a sua saída como investiu uma quantidade semelhante em três extremos/postes, resultando numa sobrelotação dos mesmos no plantel. E ainda que Jerami Grant e Mason Plumlee sejam adições interessantes ao plantel atual, há uma série de aspetos que deixaram parte da massa adepta indignada. Entre eles, os salários oferecidos a ambos, que na ótica da comunidade não são proporcionais à qualidade e produção dos atletas. Ainda assim, o mais intrigante é a indefinição de um modelo competitivo, pairando no ar uma incerteza de abordagem à próxima temporada. Se o plano for realmente a reconstrução, serão dois ativos a retirarem tempo de jogo aos mais jovens. Se por outro lado a equipa tenciona apresentar-se como um sério candidato aos playoffs, serão necessárias mais alterações.
Em todo o caso, Derrick Rose e Blake Griffin não deverão fazer parte dos planos a longo prazo. Não faltarão interessados para o primeiro, porém o extremo ex-Clippers não só vem de uma série de complicações físicas, como é detentor de um contrato temível. No entanto, se se conseguir aproximar do nível que apresentou nas suas primeiras temporadas nos Pistons o mais certo é que seja encontrado um parceiro para uma troca de ativos. Ou então não, resta realmente saber quais são os planos para a franquia de Detroit.
26. Chicago Bulls

O Castelo de Cartas
Principais Entradas: Patrick Williams, Garrett Temple
Principais Saídas: Kris Dunn
Desde a saída da sua maior lenda – Michael Jordan -, os Bulls têm sentido enormes dificuldades em manter-se na ribalta do basquetebol norte-americano. A vida pós-dinastia não é fácil para nenhuma franquia e a realidade é que a equipa de Chicago já esteve perto de voltar ao palco da final, mas apenas numa ocasião. Depois de várias épocas sem conseguir qualificar-se para os playoffs, eis que aparece Derrick Rose, o mais jovem MVP de toda a história da competição, que com o seu enorme talento e com um plantel construído para maximizar as suas qualidades tentava elevar de novo os Bulls como sérios candidatos ao título. Porém, as lesões começaram a atormentar o base nativo de Chicago e a franquia viu-se forçada a recomeçar o seu processo.
Agora, a equipa encontra-se num ponto semelhante ao do início do século. Considerada uma das franquias mais inofensivas dos últimos 20 anos, conseguiu alcançar os playoffs em metade dos mesmos, mas sem ameaçar verdadeiramente a competição. No entanto, não há motivos para os fãs desmotivarem. Apesar da seleção controversa de Patrick Williams na noite de draft – Chicago já esclareceu que o atleta que atuava na universidade de Florida State era o predileto e que tentaram descer na ordem das escolhas sem sucesso -, os Bulls contam com um dos plantéis mais jovens, com versatilidade salarial e situado numa das cidades mais atrativas.
Apesar da saída de Kris Dunn, um dos principais pilares da defesa, a chegada de Williams e Temple, associada ao regresso de Otto Porter Jr de lesão, ajudam a preencher uma das maiores lacunas da equipa: a posição de extremo. Assim sendo, e ainda que a qualificação para a fase a eliminar possa parecer uma miragem, os fãs podem ter alguma esperança. Ainda que neste ano possa parecer demasiado irrealista, o novo formato de ‘play-in’ permite que o 10º classificado lute por uma das vagas, sendo esse lugar alcançável para a jovem equipa comandada pelo novo treinador, Billy Donovan. Se as principais figuras demonstrarem uma clara evolução – Coby White, Lauri Markannen e Wendell Carter Jr. -, e Zach Lavine voltar a apresentar um nível de All-Star, uma brisa de ar fresco poderá atingir Chicago. Ou isso ou derrubar novamente o seu projeto.
25. San Antonio Spurs

O cair do pano
Principais Entradas: Devin Vassell, Tre Jones
Principais Saídas: Bryn Forbes, Marco Belinelli
2020 será recordado por todos como um dos piores anos das últimas décadas, especialmente para os fãs da equipa texana. O incrível feito e recorde de presenças consecutivas nos playoffs terminou após 22 épocas, tendo-se iniciado no ano de estreia de Tim Duncan e terminado com a sua participação na equipa técnica. Duas décadas de glória com 19 épocas regulares finalizadas com 50+ vitorias e 5 campeonatos que ergueram a cidade de San Antonio à elite do basquetebol e às bocas do mundo.
Agora, o plano parece mesmo ser uma reconstrução com a utilização dos ativos mais jovens, num plantel em que DeMar Derozan e LaMarcus Aldridge, dois veteranos ex-All Star, têm se demonstrado excelente mentores. No entanto, as suas permanências não estão garantidas. Derozan acionou a sua opção para o último ano de contrato, e por essa mesma razão a equipa de San Antonio poderá explorar um retorno, cobrindo assim a possibilidade de perder um ativo sem qualquer recompensa. A mesma situação se aplica a Aldridge, porém, tendo em conta a filosofia dos Spurs, não seria de estranhar que ambos cumprissem os seus contratos até ao fim como sinal de gratidão e pela valorização da mentoria. E claro, pela qualidade como jogadores.
Em todo o caso, e apesar de um cenário em que os Spurs deixarão de fazer parte do leque de 8 melhores equipas a Oeste ser cada vez mais plausível, a franquia é detetora de um dos plantéis jovens mais promissores da liga. Dejounte Murray, Keldon Johnson, Lonnie Walker IV, e o recém-selecionado, Devin Vassell são apenas alguns dos nomes que deverão ser protagonistas de uma reconstrução bem-sucedida ao comando de um dos melhores treinadores da história da competição, Gregg Popovich.
E para ti fã dos Spurs que vês chegar ao fim anos de glória, há que sorrir porque aconteceu e não lamentar porque terminou.
24. Sacramento Kings

Rei moço, rei perigoso
Principais Entradas: Tyrese Haliburton, Hassan Whiteside
Principais Saídas: Bogdan Bogdanovic, Kent Bazemore, Harry Giles III
Quem está cada vez mais próximo de alcançar um novo recorde de presenças consecutivas em fases a eliminar são os Kings, mas não pelas melhores razões. Caso falhem novamente o acesso aos playoffs, a equipa californiana igualará o feito dos vizinhos Los Angeles Clippers (1977-1991), com 15 temporadas seguidas sem conseguir a tão desejada qualificação.
Ainda que a offseason dos Kings tenha sido decente – isto, se excluirmos o caso de Bodgan Bogdanovic -, as mudanças efetuadas não são suficientemente significativas para tentar contrariar essa norma que é ficar no lote das piores 14 equipas. A seleção de Tyrese Haliburton (via draft) e o surpreendente regresso de Hassan Whiteside (via free agency) fornecem outra profundidade ao plantel, mas não se avizinham ser fatores fulcrais para sobreviver com êxito numa conferência Oeste que continua sobrelotada de concorrentes aos 8 lugares cimeiros.
Contudo, o cenário poderia ser mais animador caso a troca de Bogdan Bogdanovic com os Milwaukee Bucks se houvesse concretizado, tendo a transação caído por culpa própria. Ao que foi apurado, a equipa de Sacramento não informou o jogador da movimentação, que em casos de sign-and-trade tem a palavra final. Assim sendo, o sérvio assinou com os Atlanta Hawks, um contrato que os Kings decidiram não igualar e deixar assim o base sair sem qualquer retorno.
Agora, Buddy Hield terá o tão desejado espaço e tempo de jogo, algo que deixara o jogador descontente na temporada passada e promovido uma série de rumores. Ainda que este plantel possa não estar construído para triunfar a curto-prazo, a extensão de contrato da principal figura – De’Aaron Fox ($163 milhões, 5 anos) -, caiu como ouro sobre azul para os adeptos de uma das franquias menos atrativas para os atletas mais notáveis da liga.
23. Charlotte Hornets

Ir a jogo com a bola certa
Principais Entradas: Lamelo Ball, Gordon Hayward
Principais Saídas: Dwayne Bacon, Willy Hernangómez
Quando daqui a uns anos se fizer uma retrospectiva do período de negociações de 2020, a franquia da Carolina do Norte será ora vista como uma das maiores vencedoras, ora como a principal fracassada. E tudo dependerá das performances de Lamelo Ball e Gordon Hayward, duas adições de peso para o plantel dos Hornets.
O jovem de 19 anos fará a sua estreia como um dos mais talentosos novatos, mas não deixa de ser uma aposta de risco elevado. Depois de uma época pouco convincente na NBL, principal liga de basquetebol australiana, Ball – um dos três irmãos ingressados em plantéis da NBA -, terá a oportunidade de provar que o seu potencial é ilimitado. E haviam poucos destinos melhores que Charlotte para lhe cair na rifa.
No entanto, a principal aquisição dos comandados de Michael Jordan foi mesmo Gordon Hayward, um jogador bastante apreciado pela lenda dos Chicago Bulls. Independentemente da sua produtividade, o atleta que recusou a opção de $34 milhões por representar os Boston Celtics por mais uma temporada será forçosamente um dos maiores vitoriosos desta offseason. Não só assinou um contrato por valores semelhantes (variará entre os $28,5 e os $31,5 milhões até ao fim), como ganha assim mais segurança para os próximos 4 anos. O extremo de 30 anos volta também a ter mais protagonismo, tendo a oportunidade de se afirmar imediatamente como a principal figura dos Hornets. Depois da terrível lesão que o levou a falhar toda a época de 2017-2018, Hayward parece estar cada vez mais próximo do nível apresentado em Utah, tendo conseguido pontuar cerca de 17 pontos por jogo na temporada transata. O único senão? A sua durabilidade, com lesões a perseguirem o natural de Indiana desde que partiu a perna há cerca de 3 anos.
De qualquer forma, Devonte’ Graham, P.J. Washington e companhia terão a seu lado um plantel mais completo e com aspirações acrescidas. Para já, o futuro próximo da equipa é ainda bastante incerto, e desde atingir os playoffs ou serem sérios candidatos à primeira escolha do próximo ano, partem para a nova temporada algures no meio.
22. Minnesota Timberwolves

Um uivo mais feroz
Principais Entradas: Anthony Edwards, Ricky Rubio, Leandro Bolmaro
Principais Saídas: James Johnson
Por falar em primeiras escolhas do draft, Anthony Edwards foi o coroado deste ano. E, de forma positiva ou negativa, são raros os jogadores selecionados em primeiro lugar que não causam um impacto imediato na equipa. O georgiano, nascido e ex-estudante da faculdade do estado, chega à liga com o que aparentam ser as ferramentas necessárias para vingar na liga. Do base de 19 anos espera-se que seja a peça que escapa aos Timberwolves para serem presença assídua nos playoffs. No entanto, e embora seja destacadamente o melhor scorer da sua classe, a falta de interessa do atleta pela modalidade poderá fazer soar os alarmes para os lados de Minneapolis. O próprio chegou mesmo a assumir que caso surja a possibilidade de ingressar um dos plantéis da NFL (a liga de futebol americano), não perderá muito tempo a tomar uma decisão.
Não obstante, os Minnesota cumpriram o que lhes era exigido, tendo selecionado também Leandro Bolmaro, um nome bastante conhecido pelos adeptos da liga ACB e da EuroLeague, mas que só contará para os planos de Ryan Saunders na próxima temporada, mantendo-se pela Europa no próximo ano. Quem será fundamental já na época que se inicia dia 23 deste mês (para os Timberwolves) é Ricky Rubio, um favorito dos fãs, que marca o seu regresso após 3 anos fora da equipa que o trouxe à liga.
Todavia, o sucesso da equipa dependerá essencialmente da afirmação de D’Angelo Russell e de Karl-Anthony Towns na elite das suas posições. Caso o melhor de ambos se coincida em 2020/2021, um lugar no play-in do Oeste poderá ser um objetivo realista.
21. Orlando Magic

Com o mesmo truque na manga
Principais Entradas: Cole Anthony, Dwayne Bacon
Principais Saídas: D. J. Augustin, Wes Iwundu
A franquia cuja casa assenta sobre terrenos do centro da Flórida parece cada vez mais conformada com a mediocridade. Depois de várias épocas nos patamares mais inferiores da liga – muito em culpa da saída de Dwight Howard que levara inclusive os Magic à primeira final desde 1995 -, a equipa de Orlando foi pavimentando lentamente a sua ascensão. Todavia, e apesar das duas qualificações para a fase a eliminar nas últimas temporadas, a estagnação nessa evolução está a vista de qualquer um.
As poucas alterações realizadas a um plantel que tem demonstrado pouco desenvolvimento entre si, assentam a ideia de que a permanência numa camada mediana de equipas é a finalidade principal dos Magic. A falta de ambição, levou a que a principal mudança fosse a substituição de D.J. Augustin por Cole Anthony, um base que caiu a pique nas projeções dos principais analistas para o draft deste ano. Para além de Anthony, também Chuma Okeke fará a sua estreia oficial depois de ter sido selecionado em 2019, mas falhado toda a temporada com complicações físicas.
É realmente na evolução dos seus jovens que é depositada toda a fé para que a presença em fases finais se torne cada vez mais uma regularidade. Uma tarefa que se avizinha mais árdua, dado que equipas que falharam os playoffs deste verão se fortaleceram, como é o caso dos Atlanta Hawks ou dos Washington Wizards. No entanto, a conquista de um lugar no inovativo play-in deverá ser a prioridade destes Magic que, para desespero de alguns adeptos, voltou a desdenhar um abanão em toda a estrutura.